MEU PERFIL

José Flávio de Oliveira Magalhães é natural de Sertânia,formado em Letras,Pós-Graduado pela UPE atualmente é Professor de Artes e Inglês na ETE (Escola Técnica Estadual Arlindo Ferreira dos Santos) Fundador e Diretor da Cia. Teatral Primeiro Traço, um dos fundadores dos Jornais; Ângulo, Boca e Placenta, atualmente fundou o Informativo Sertão das Artes é menbro do Jornal de Poesias Cabeça de Rato e tem um livro publicado Anjo Urbano em 1999, sua obra conta o Sertão - Universo, lírico. psicodélico, concretista, como também mostra sem reservas as dores,as solidões e os gozos da vida.

POEMAS FLÁVIO MAGALHÃES

IN(PERFEITO)

Dentro de mim
mato deuses, quebro esfinges
dilato o caos concreto
das estrelas incolores.



Dentro de mim
anjos carregam
em suas asas
buquês de espinhos
em busca de infinitos prelúdios.



Dentro de mim
destinos amordaçados
esculpem segredos
cortam angústias
escarlates da paixão.



Dentro de mim
O impossível navega silenciosamente
Em busca de um cais imaginário
Provando no mais profundo abismo
Que eu nada sou.


INSISTÊNCIA


Caiu uma Napalm
no caminho de vidro.
Amargos oceanos
insistem dentro do colete
A circunstância do êxtase
Na faca verde do destino
Insisto na solidão.
Maquio a face-louca
para sobreviver a idéia.


SINAL VERDE


O velho
que cuidava
dos animais.
Morreu de punhos cerrados
Pela previdência.


O gato
atropelado
pelo carro bêbado
ressuscitou um cock-tail
de metáforas sangrentas
nos limites
da Avenida-vidro.


SINAL VERMELHO


O velho
de vidro
cerrou os punhos
do gato bêbado.


O Carro limite
Atropelou as metáforas
Ressuscitou um cock-tail
De animais
Sangrentos da Previdência.


SINAL AMARELO


O Velho de
metáforas
atropelou um cock-tail
de carros sangrentos.



O gato de vidro
ressuscitou limites
de animais atropelados
pela bêbada previdência.


PELAS RUAS

Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Leve como o amor
Um poema mágico
Um poema azul.

Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que acabasse com a
Solidão das pessoas
Um poema solução
Um poema amarelo.

Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Para ti, não te encontrei
Um poema real
Um poema negro.


Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que protegesse a flora
E não acabasse com a fauna
Um poema índio
Um poema verde.

Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que unisse os homens
Um poema livre
Um poema vermelho.



SEM RAZÃO (POEFUSO)


Não
Me
Pergunte


Sobre
O amor



Porque
Eu



Viro
Uma
Cripta.


UM HOMEM VELHO


Você trilhou minha estrada
Atravessou ruas comigo
Deixou que eu escolhesse meus heróis

De repente não estava perto de mim
Havia uma cilada
As balas não eram de hortelã.
Anjos (destinos) guarda estavam de férias.

Queria ver seus cabelos brancos
Ouvir seus conselhos sobre a vida
Você o homem velho que não vi.

A meu pai, Sebastião Flávio Magalhães,
que foi assassinado aos 29 anos em 1972.


SACÓRFAGO


Saudades de um amor mágico
Angústia cigana no meu peito
Vivo o imperfeito trágico
No teu amor pretérito perfeito.



Que pena! O soneto saiu torto
Rima estranha me seduz
Punhal frio atracou no porto
Farol distante, uma luz reluz.



Aquele gosto de sangue na boca
Um grito seco, noturno de emoção
Ardentes certezas, vontade louca.



Pensamentos flutuam, único conforto
Para que viver na tua ilusão
Se eu preferia estar morto.


CORDEL CANCERIANO
(In Memorian de Zilmo Siqueira)


Solidão do quarto acesa
Tristeza em cima da mesa
A Poesia, única medida
Para amenizar a vida...


As contas a pagar
Alguém para amar


Mas a morte veio
Armou emboscada no meio
Deu um sopro no destino
Deixou o repente sem tino

Levando das borboletas as flores

Sugando o néctar das cores...

IN MEMORIAN

sábado, 19 de março de 2011

Jorge Magalhães de Souza - ETERNAS SAUDADES
Faleceu na quinta feira(17/03/2011) na cidade de Arcoverde o músico, pai, avô, bisavô...Jorge Magalhães de Souza, Seu Jorge, grande músico da Orquestra Sinfônica de Arcoverde, pai do vereador Múcio Magalhães, Presidente da Câmara dos Vereadores do Recife, o nosso eterno Cabogué, vai deixar eternas saudades e nós do Garganta Magalhães, queremos fazer essa humilde homenagem, saudades...

A INDESEJADA BATENDO À PORTA DO VIZINHO DE SALA

Morreu esta terça-feira de madrugada uma lenda do jornalismo
brasileiro, Antônio Carvalho Mendes, que se tornou conhecido como
Toninho Boa Morte por ter editado por meio século a coluna de
obituários do jornal O Estado de S. Paulo. Paulistano de nascimento,
são-paulino barulhento, solitário por vocação, lacerdista fanático,
praticamente morou na redação, chegou aos 77 anos sem nunca ter casado
nem formado família e sucumbiu a uma sequência de enfartes no
miocárdio acompanhados de outras complicações, a última das quais uma
anemia. Será sepultado no cemitério Paquetá em Santos ao lado da mãe,
única companhia que teve enquanto ela viveu.
Quarta-feira foi a vez de outro viajante fora da hora, este ainda mais
precoce. Meu amigo Sidnei Basile, da equipe da reportagem geral em que
trabalhei sob o comando de JB Lemos na Folha de S. Paulo nos anos 70,
nos deixou vitimado por um câncer terrível.



A Indesejada das gentes tem rondado muito as redondezas de meu convívio.
Que Deus tenha e guarde esses companheiros de guerra e paz. E que eles
por nós velem lá do céu.

Em homenagem a estes dois companheiros vai um poema que fiz há algum
tempo sobre a minha vez, quando ela chegar (espero que tarde, pois não
tenho medo de envelhecer e, sim, de não envelhecer)
Será uma Vez


José Nêumanne Pinto

No dia em que chegar o dia,
nem é preciso que eu esteja pronto,
enfatiotado para a viagem de rumo incerto
e com bagagem feita, além de minha nudez.
Na hora em que chegar a hora,
a hora incerta, a que não tem seguinte,
pretendo apenas estar sóbrio e lúcido,
para me servir de boa companhia,
pois longa será a travessia
e não haverá a chance de chamar alguém.

Quando chegar a visita que não se espera,
não lhe servirei café na xícara
nem terei palavras para lhe saudar a entrada.
Quero estar mudo como a matéria, que serei de novo,
pois quanto mais houver silêncio num adeus,
mais comovido será o momento.
Não importa quanto o tempo vivido,
pois será sempre escasso.
Nem a saudade que fica conta,
pois sempre haverá o vazio imenso...

Quando o dia chegar, sem aviso,
não haverá testamentos a assinar
nem encontros combinados a confirmar,
muito menos o testemunho de minha ausência.
Será, como sempre, numa hora precária,
pois, afinal, precárias são todas as horas
e, pelo menos para quem fica, ela terá
a vaga importância que têm todas as horas.
Reservo-me apenas o direito de sonhar sozinho
o sonho definitivo do último sono,
o delírio final da razão partindo
e o último alento da visão, que escapa.

Não é lícito escrever tanto sobre estas coisas
nem cabe aqui descrever o não sabido,
que, no entanto, é só o que se sabe.
Sei apenas que sou pó
e, quando voltar ao pó, de onde venho,
gostarei de ter passado como um cometa,
não apenas um meteorito tonto
a esmagar as pedras que rolam no caminho.
Quando eu passar, definitivamente,
mesmo tendo sido em vão o meu desfile,
quero que meu amor guarde de mim os doces instantes
e os inimigos eventuais tenham cebolas a cortar.

Quando hoje houver, mas amanhã nem talvez,
quem tiver cruz a transportar nas costas
que a fixe sobre o chão que me abrigar
e meus filhos me possam lembrar
como a semente que teimou em germinar.
Quando mergulhar no mar vazio,
de onde vim, também sem o saber,
estarei, como nunca, melado
da placenta pastosa das palavras,
berrando o urro primevo e primal
de todo inexistente que alguma vez tenha existido.

ARTISTA GLOBAL EM SERTÂNIA

quinta-feira, 17 de março de 2011

Esteve em Sertânia o ator global Humberto Guerra (sua ultima participação foi na novela Duas Vidas), no momento está residindo em nossa querida cidade vizinha Cústodia, onde está com um espaço teatral e já produziu um curta. Esteve no Programa do Jô Soares no final do ano passado e no momento está começando os preparativos de uma Paixão de  Cristo  em Cústodia e esteve aqui para fazer contatos com o pessoal da Cia. Primeiro Traço e com Flávio Magalhães. Nós da Cia. ficamos muito honrados com a sua presença e do pessoal do teatro de Cústodia...

CONVITE - CELEBRAÇÃO DO ANIVERSÁRIO DE TRÊS ANOS DO TEATRO DE RETALHOS

O Teatro de Retalhos tem o prazer de convidá-lo para a celebração do seu aniversário de três anos, a acontecer no dia  19 de março, sábado, às  20hs no Sesc Arcoverde, contamos com a presença de todos para formar esta colcha de retalhos, um abraço e viva o Retalhos.

Atenciosamente,

Teatro de Retalhos

VEM AI “SUPERMOONS”

O mundo está prestes a presenciar a aparição da maior lua cheia das duas últimas décadas. Na semana que vem este satélite natural vai chegar ao ponto mais próximo da Terra.

No dia 19 de março, a lua cheia vai aparecer mais exuberante do que o usual na noite celeste quando ela atinge o ponto máximo de um ciclo, conhecido como ‘Perigeu Lunar’.

É esperado um espetáculo visual quando a lua se aproximará da Terra a uma distância de 221,567 milhas da órbita – chegará mais próxima do nosso planeta desde 1992. 

A lua cheia poderá aparecer no céu 14% maior e 30% mais luminosa, especialmente quando nascer no horizonte do oriente ao pôr-do-sol ou em condições atmosféricas bem favoráveis. 

Este fenômeno é reportado como o mais relevante assunto sobre ‘supermoons’ que esta conectado com o as extremas manifestações do clima -  como os terremotos, vulcões e tsunamis. A última vez que a lua passou tão próxima da Terra foi no dia 10 de janeiro de 2005, nos dias próximos dos terremotos na Indonésia que registrou 9.0 na escala Richter.

O furacão Katrina em 2005 também foi associado com a lua cheia incomum.

Previsões de ‘supermoons’ aconteceram em 1955, 1974 e 1992 – cada um destes anos tivemos a experiência de fortes manifestações climáticas.

MOLDURA DA SAUDADE

terça-feira, 15 de março de 2011

Foto do saudoso Geraldo Barros (falecido em 1999), com o Grupo Emidio Neto,do nosso amigo Ezequias Cardoso que fazia teatro no começo dos anos 80 e trazia pessoas como Geraldo Barros de Arcoverde, um dos maiores diretores de todos os tempos, além de Romildo Moreira e Zé Manoel, onde também realizava às Semanas Estudantis da época, bons tempos.

PRAZERES BARBOSA - MAIS UM TRABALHO DE SUCESSO NA GLOBO


Nossa querida amiga Prazeres Barbosa, grande atriz do teatro Pernambucano, natural de Caruaru, vem há bastante tempo fazendo papéis marcantes na TV Globo e atualmente está na novela Insensato Coração.

Você pode conferir mais trabalhos em vídeos da Atriz Prazeres Barbosa no site you tube!

OS GRÊMIOS ESTUDANTIS

Por Ésio Rafael.

 

Um dos maiores estragos causados pela ditadura militar foi, sem sombra de dúvidas, o desmantelo e a conseqüente deteriração do movimento estudantil. Pernambuco tinha um movimento estudantil secundarista, entre as décadas de 60, e início de 70, com padrão de consciência, e organização da maior importância. Era um orgulho para todos nós, pertencermos à UNE (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES). Porque, a UNE era representativa, lutava e apoiava o movimento estudantil, em praticamente, todos os Estados da Nação. Quando a UNE, era UNE de verdade, o que pouco ou quase nada tem a ver com os dias atuais, onde a Instituição está repleta de “carreiristas” binitinhos, atrelados aos partidos políticos ou as verbas do governo Federal. O resultado está em nossas caras, não nas nossas, (cinquentões, e sessentões), mas, nas dos nossos descendentes que palidamente tentam soerguer os Grêmios Estudantis mas, sem o apoio necessário por parte dos dirigentes, “caras pintadas”, filiados à UNE, que não aparecem nas escolas para pelo menos dizer ao pessoal, a importância de um grêmio estudantil, a história política do movimento, a dignidade dos militantes, que foram perseguidos, presos, torturados e mortos pela repressão. E o que é pior, é que os estudantes ainda encaram um grêmio nas escolas( vejam que absurdo), não são vistos com bons olhos pelos diretores atuais. Atuais “sim sinhor”. Pois vou dar dois exemplos acontecidos comigo mesmo. Fui até Caruaru, junto à minha família, e lá me desloquei até a escola Estadual, onde estudei, no sentido de retroceder na história, e catar notícias do grêmio estudantil, onde tive a honra de ser o seu primeiro Presidente. Me apresentei a diretora, ela me recebeu muito bem. Claro, perguntei pelo grêmio. Ela no percurso da conversa disse:- È preciso cuidado com os “gremistas”, eles são anarquistas. Isso, em Caruaru. Mas, vamos ao Recife. Nas primeiras reuniões desse ano, acredito que a Secretaria de Educação, deve ter orientado os diretores das escolas, para facilitarem a implementação dos seus referidos , grêmios estudantis. A diretora, depois dos informes regulamentares, disse que dentre as ações do ano letivo, estaria o “apoio ao grêmio”. E, adiantou:- Eu gostaria que a Professora fulana de tal, que é quem me ajuda nos eventos da escola, que ela fique junto a esse pessoal do grêmio, vocês sabem muito bem como é esse pessoal. 

Coitados dos gremistas! Agora vejam a mentalidade desses dirigentes atuais das nossas escolas Públicas. Diferem dos diretores da época? Não são todos. È lógico. Mas, como dizia, Wlisses Guimarães: - São os destroços da ditadura. Pergunta-se: cadê o pessoal a:- UBES, que não aparece nas escolas para orientar os estudantes? Eu fiz essa pergunta para os alunos da escola onde trabalho. Eles responderam que não têm assistência, orientação, a não ser uma vez ou outra, quando são chamados à participarem de algum comício de campanha partidária.

Os Grêmios Estudantis funcionavam como um suporte valoroso na formação intelectual extra classe, ao abrir caminhos que vieram a fortalecer a formação política, literária, musical dos estudantes. Da formação de caráter, da visibilidade do mundo. Era lá que se lia um bom livro, político, social, ou um romance de responsa. Era lá que se ouvia música de artistas comprometidos com a sua cidade, com o seu Estado, com a sua Nação. 

Esse pessoal da:- UBES, poderia muito bem, chegar junto. Explicar para os jovens, por exemplo o que foram os famigerados:- 477, 222? Como realizar a eleição de Presidente de grêmios. Vejam se não seria salutar dizer para eles, o que foi a “passeata dos cem mil? Sabe por que? Porque diretor de colégio pouco está se lixando para um movimento estudantil consciente, responsável, digno. Mirem-se no exemplo de Caruaru, e Recife. Isso não é parâmetro, mas, assusta, meu véi... de hoje, por exemplo: O que significaram, dos estudantes que, mesmo antes de ingressarem em uma Faculdade, tinham noções preliminares dos seus direitos e obrigações. 

Com o golpe de 64, esse movimento foi abafado pelos Atos Institucionais 477 e 222, ambos, caçadores dos direitos sagrados e legítimos dos estudantes. 

Foram atos brutais de conseqüências graves até hoje irreparáveis. Ninguém fala nisso, parece que nunca aconteceu. As informações enfocadas em livros, jornais e revistas não tiveram o mesmo tratamento, a mesma atenção dada aos presos políticos, que tiveram seus direitos cassados através do, AI-5. Há políticos que, pelo fato de terem levado uma mãozada no pé do ouvido, ainda hoje tiram proveito desse passado explorando-o em campanhas políticas. Mas, quem se lembra de Odijas de Carvalho, estudante da Universidade Federal Rural de Pernambuco, morto pela repressão? Inesquecíveis dias para a estudantada da época. A infiltração dos chamados “dedo duro”, a serviço da ditadura, no sentido de observar focos e células comunistas, de acordo com a linguagem dos militares: Escolas, Faculdades, salas de aulas, pensionato, qualquer lugar que superasse o contingente de quatro pessoas era considerado suspeito, um estilo de época na linguagem literária.

Agora sim, incluindo os Diretórios Acadêmicos das Universidades, junto aos Grêmios estudantis, era lá onde os estudantes liam bons livros, boas revistas escutavam uma boa música, longe das fatídicas salas de aulas. Era lá onde se discutia política e, supostamente, se traçava um destino mais digno para o futuro da Nação, longe das botas, das esporas e das cadeiras curriculares impostas pela repressão. 

Os Diretórios Acadêmicos, os Grêmios Estudantis de hoje e o movimento dos estudantes não são mais os mesmos. Evidente que os tempos mudaram, todavia, deve-se uma explicação em nome de um passado de honra e de história dos movimentos estudantis do nosso País. Os líderes cheiram a carreiristas. Não têm história. Em 68, os estudantes enfrentavam os cavalos da Polícia jogando bolas de ‘gude’ na pista para que os mesmos escorregassem, ou derramavam óleo queimado para que os pneus dos carros dos agressores deslizassem. Tudo por uma causa, pela defesa dos seus direitos, por um ensino de qualidade, sem necessariamente pensar em carreira política, o que não deu muito certo. 

Devagar, quase parando, os estudantes retomam o movimento Gremista, praticamente desamparados, sem orientação. O pessoal que os orienta, tem outra visão, o que é normal, afinal eles vivem em outra sintonia. Mas, e a consciência política, histórica, fica por onde? E o pior de tudo, é que as cabeças dos diretores de escola( deixe que eu diga, nem todos), porque se não o bicho pega. Então vejamos: conversei com uma diretora de colégio público, recentemente em Caruaru. Quase morro de desgosto. Perguntei se no colégio ainda havia o grêmio. Ela me deu como resposta:- Existe, mas, são uns anarquistas, é preciso ter cuidado. Algum problema com isso? Não, pois aqui em pleno Recife, A diretora da escola onde trabalho, na primeira reunião quando de volta das férias, lendo a pauta, certamente, orientada pela, GRE, falou na volta do grêmio estudantil, e, terminou dizendo:- È preciso ter cuidado com esse povo. Convocou logo, uma professora dedicada que gosta de organizar Eventos na escola, para colar nos gremistas. Pode, depois de tanto tempo? Agora, caros leitores, desse tipo de gestor no ensino oficial, “ta assim oh” Ela, falou dentre outros informes(orientada pela – GERE( que todo dia muda de nome), diretora, Na Universidade Rural de Pernambuco, o Diretório Central e os Diretórios Acadêmicos, viraram fantasmas, onde reinam capim, desolação e a sombra de um passado brilhante de luta e coragem. 

DIA INTERNACIONAL DA MULHER NA ETE - AFS

sexta-feira, 11 de março de 2011

Foi Comemorado na Escola Técnica Estadual Arlindo Ferreira dos Santos(ETE-AFS), O Dia Internacional da Mulher,com a presença da nossa querida Secretaria Alessandra Melo,além de poemas recitados pelas alunas,poemas escrito por mulheres;como CéciliaMeireles,Micheliny Verunsky,Cora Coralina,Janice Japiassu,Elisa lucinda,Lucila Nogueira entre outras e a exibição do filme Olga,valeu demais...
Aguarde mais fotos em breve!

AVISO - BUDEGA DA POESIA EM ARCOVERDE

Salve a todos, estamos avisando que dia 12/03/2011 estaremos na budega da poesia em Arcoverde, com o Show "Coração de poeta" com Kalu Vital, Galdencio Neto, Branquinho e Vandinho.

VÍDEO - ANJO AGÔNICO




Direção e Roteiro:
Flávio Magalhães

Participação:
Wanderly Almeida
Josiene Lira
Flávio Daniel

Câmera:
Edmilson Siqueira

Edição de Imagens:
Fernando Neves

ARROCHA NEGRADA

Por Ésio Rafael.


Só para justificar o título: é que a alegria da garotada era grande quando chegava um circo pobre, a céu aberto, numa cidadezinha do interior. O palhaço perna de pau saía pelas vias da cidade, acompanhado por uma “reca” de meninos, para divulgar o espetáculo. Era o Clube do Bolinha. Não havia meninas. No calçamento, ouvia-se o toc toc das pernas de pau, e aquele longínquo homem na frente, com um megafone na mão chamando as famílias às portas e janelas para anunciar as atrações da noite, dentre elas, o palhaço, a rumbeira e a peça de teatro A Louca do Jardim, um verdadeiro clássico utilizado pela dramaturgia circense de pequena monta. 

A gurizada fazia a festa. Cada um mais esperto que o outro. Todos com as canas dos braços carimbadas, que se constituíam no passaporte para a entrada no circo, junto à recompensa de um lúdico trabalho:

- Ô raia o sol/ suspende a lua, cantava o palhaço. 

- Olhe o palhaço no meio da rua, respondia a meninada! E aí, o melhor: 

- Arrocha negrada!

- Uuuuuuuuuuu, gritavam em uníssono a todo vapor os participantes improvisados e coadjuvantes do espetáculo ambulante. Descalços, de calção e camiseta, ou no ritmo dos nus da cintura para cima, a meninada ia compondo e incorporando seus sonhos infantis. Sonhos inesquecíveis às futuras lembranças.

À noite, na porta de entrada do circo, outra festa. Tomados banho, cabelos penteados, orgulhosamente exibiam ao porteiro a marca do trabalho. Entravam sem problemas. Aqueles despossuídos de carimbos atravessavam o arame farpado, levantavam a lona e entravam no interior do circo por baixo do poleiro. E olhe que ainda sobravam-lhes as coxas das mulheres, sentadas em tábuas finas e desconfortáveis, exibindo calcinhas de pano com muitos botões. Enfim, o título é em homenagem a todas as crianças pobres que passaram por esses momentos.

Então, vamo nessa?! 

Os filhos de pobre, os mais trelosos, “quebravam o cabresto” com animais, justo que os animais são alvos e presas fáceis para a gurizada. 

Galinha, por exemplo, já está incluída no folclore brasileiro como portadora de cu quente, mas só dava certo com clientes bem novinhos, se não morreria. No outro dia, haja a mãe a desconfiar que o bicho teria mordido a penosa que amanhecera morta. Mas, musa mesmo de verdade, o símbolo da molecada, é a jega. Ainda hoje (pasmem!) a sua passividade, simplicidade, mansidão, o ar de tô nem aí arranca a preferência dos Meninos do Brasil. 

Em Sertânia, Moxotó pernambucano, havia uma jumentinha, por nome de Karolina, pertencente a seu Dão, um cidadão pacato, de baixa estatura, que residia no terreno do campo de futebol do América Esporte Clube. Aliás, clube de elite da cidade, lá pelos idos de 50. Pois bem, Karolina, amarrada debaixo da cerca de avelós (planta originária da África, cultivada no Nordeste), contemplava a garotada e aninhava corações. A molecada discutia o assunto, perguntava quem teria comido Karolina. À noite, fazia-se fila para o cortejo daquela musa sertaneja.

A história se complica aparentemente ao contarmos um fato verídico, segundo Essinho, meu sobrinho. Em Arcoverde, Sertão do Ipanema. E aí, nem Freud nem Piaget, nem Roberto Freire, o Psicanalista, seriam capazes de explicar tal acontecimento. 

Ao dar uma volta no quintal de casa, um longo terreno, em torno das 18h, bem na hora do Ângelus, o pai se deparou com o filho acariciando a jumentinha da casa. Sabe o filme ‘Tudo Que Você Queria Saber Sobre Sexo’, de Woody Allen, onde um Psiquiatra se apaixona por uma ovelhinha?! Semelhante caso. O pai deu o flagra no filho, e foi aquele bafafá! Depois de mil discursos, a mãe, espalhafatosa, vazando corrente pra tudo quanto é de lado, deu o ultimato: “Fuláááaaano, para o esposo, amanhã bem cedinho você vai vender essa porra dessa jega! Esse infeliz, de dedo em riste para o filho, em vez de arranjar uma mulher...vê a nora que ele me arruma!!!. Você, pro marido, vai me dá fim a essa amaldiçoada por qualquer preço, custe o que custar”. 

Dito e feito. O pai, com a consciência de quem foi menino do sertão, laçou a jumentinha e, pacientemente, foi à procura de negócio na feira. “Quer vender por quê?, Perguntou um possível comprador. “Essa jega tá dando muito trabalho lá em casa! Minha mulher é quem luta com ela, vai procurar comida, juntar cambão de milho. Tudo isso porque o meu menino não ajuda, não chega nem perto dessa jega (já o defende, contra qualquer tipo de especulação). A mulher sofre como o Diabo”. Até que o pai conseguiu passar a jumentinha pra frente, por um preço simbólico e de uma vez para sempre. Voltou pra casa ofegante. “Pronto, se for por isso, tá resolvido o problema e eu não quero mais ladainha aqui dentro dessa casa”.

Tudo parecia nos conformes quando um fato estranho começou a surgir. O menino ficou triste, bateu-lhe um fastio, começou a emagrecer, não queria mais estudar, não prestava mais atenção às conversas nem à novela das oito. Fitava o vazio. O pai baixou a cabeça e disse pro seus botões “Vai começar tudo de novo”. A mãe quebrou a resistência, pisou maneiro “Meu filho, o que é que está acontecendo com você? Vá almoçar, você está amarelo”. Nada por resposta. Depois de um mês de roedeira, a mãe sentiu que só havia uma saída: “Fuláaano, pro marido, vá procurar saber que fim levou essa jega, por Nossa Senhora, se não esse menino morre!”. “Puta que o pariu, pensou o pai, só sobra pra mim!”. O pai refez o caminho da feira. Procurou-a em toda parte, inclusive na feira de troca-troca. Reencontrou a jumentinha. Ela já tinha sido trocada por objetos outros, inclusive celular “tijolo” e pomada Japonesa. Deu-lhe um refrescante banho, colocou-lhe um cabresto novo. E, já em casa, falou pra mulher: “pronto, daqui pra frente não moverei mais uma palha pra essa triste! Você é quem vai quebrar o milho seco, debulhar todinho e carregar cambão nas costas!”.

IN MEMORIAN

ETERNAS SAUDADES - ADAMASTOR DA CELPE
JÁ ESTOU CURTO DA VISTA
MANQUEJANDO DE UMA PERNA
A VELHICE É QUEM ME GOVERNA
ME ARRASTANDO PELA PISTA
A MORTE É QUEM ME CONQUISTA
HORA,DIA,MÊS,E ANO
SEREI ESQUELETO HUMANO
NO FUNDO DA SEPULTURA
ESSA VIDA É MERDA PURA
NA LAMA DO DESENGANO. ( ADAMASTOR da Celpe)

Adamastor Alves dos Passos, nasceu no dia 06 de Novembro de 1922, na cidade de Custódia - PE. Mais conhecido na cidade de Sertânia, onde residia, como "Seu" Adamastor da CELPE, orgão no qual trabalhou. De numerosa família, era um senhor reservado e de uma paciência extraordinária. Mantinha em casa, um quarto que apenas ele tinha chave. Lá, era o lugar onde ele passava a maior parte do dia, junto às suas "invenções", ao seus inscritos (ainda inéditos, a maioria deles!)... Participou várias cantorias e encontros poéticos, como, por exemplo, na Bodega da Poesia, em Arcoverde. Faleceu na cidade do Recife, em 30 de Janeiro de 2011.

Eternas saudades de famíliares e amigos!

Homenagem do Cabeça de Rato e do Blog GArganTA MAGAlhães

CARNAVAL DE 1976

domingo, 6 de março de 2011

A Escola de Samba Pitu,comandada por um dos maiores Carnavalesco folião da alegria de todos os tempos,Seu Luiz Pintor como sempre foi conhecido,esta foto de 1976, mostra toda alegria e saudades dos grandes Carnavais de Sertânia,Viva sempre Luiz Pintor a Folia..