À MARGEM DA MARGEM,
AUGUSTO em OITENTAÇÃO
Jomard Muniz de Britto, JMB
Primeiro a FOLHA de SP comemorou, com o
neologismo acima, os 80 de Décio Pignatari.
Agora é hora e vez da Balada Literária, criação
EXtasiante de Marcelino Freire, anunciar para
2011 os oitenta maiores desafios por Augusto
de Campos. EX-TUDO. PÓS-TUDO.
INVENÇÃO para todos e, como sempre, por
ninguém do rol dos recatados. MUDAR.
Pai e filho, Cid Campos, sua banda, e a mais
fina estampa da mãe Lígia na platéia.
Desafios em múltiplas CONCRETUDES do
olhouvido, intersemiose de linguagens, no
palco da Biblioteca Alceu Amoroso Lima.
Por que À MARGEM DA MARGEM?
-"Díspares. Diversos. Dispersos.O que
têm eles em comum? A marginalidade dos q
buscaram caminhos não balizados, abriram
sendas novas, estranhas ao território habitual
da poesia ou da literatura". Quereres.
Dissonância dos sociologismos aguçados pelo
nacional-popular, pelas infraestruturas
regionalistas e cosmopolitismos
tão melancólicos quão ilusionistas.
À margem dos saudosos surrealismos,
dos hiperrealismos televisivos, querer MUDAR.
TENSÃO DE PALAVRAS-COISAS NO
ESPAÇO-TEMPO. Rupturas deflagradas de
1956 desacatando o coral dos automatismos.
Agora, mineiros do Chile percorreram o mundo
em lição de concreta solidariedade.
Dentro e fora da sociedade do espetáculo.
Raridades bibliófilas concedidas por Letícia e
José Paulinho Cavalcanti para a superexposição
de Fernando Pessoa no Museu da Língua
Portuguesa. Tudo mudando.
Transposições libertárias do WikiLeaks sempre
bem interpretadas por Joaquim Falcão.
Contra a mudez dos medrosos democratas.
AQUELE ABRAÇO em louvor da dialética da
amorosidade mutante-intergeracional.
Recife, dezembro 2010
MEU PERFIL
BAÚ DA LITERATURA
-
▼
2010
(21)
-
▼
dezembro
(13)
- UMA HISTÓRIA LINDA DE AMOR !
- À MARGEM DA MARGEM
- HUMANSCAPES...
- DA RELIGIOSIDADE AO ATEÍSMO NIILISTA
- SEXO VIRTUAL
- Aniversário do NÓS PÓS.
- Estudante da EREM ficou em terceiro lugar na Olimp...
- A música que vinha da casa
- Plano de Educação buscará investir 7% do PIB, diz ...
- Todos os dias o povo come veneno.
- SOBRE O DESAFIO DO DISSENSO
- IV FLIS (FESTIVAL LITERÁRIO DO SERTÃO)
- HUMANSCAPES...
-
▼
dezembro
(13)
POEMAS FLÁVIO MAGALHÃES
IN(PERFEITO)
Dentro de mim
mato deuses, quebro esfinges
dilato o caos concreto
das estrelas incolores.
Dentro de mim
anjos carregam
em suas asas
buquês de espinhos
em busca de infinitos prelúdios.
Dentro de mim
destinos amordaçados
esculpem segredos
cortam angústias
escarlates da paixão.
Dentro de mim
O impossível navega silenciosamente
Em busca de um cais imaginário
Provando no mais profundo abismo
Que eu nada sou.
INSISTÊNCIA
Caiu uma Napalm
no caminho de vidro.
Amargos oceanos
insistem dentro do colete
A circunstância do êxtase
Na faca verde do destino
Insisto na solidão.
Maquio a face-louca
para sobreviver a idéia.
SINAL VERDE
O velho
que cuidava
dos animais.
Morreu de punhos cerrados
Pela previdência.
O gato
atropelado
pelo carro bêbado
ressuscitou um cock-tail
de metáforas sangrentas
nos limites
da Avenida-vidro.
SINAL VERMELHO
O velho
de vidro
cerrou os punhos
do gato bêbado.
O Carro limite
Atropelou as metáforas
Ressuscitou um cock-tail
De animais
Sangrentos da Previdência.
SINAL AMARELO
O Velho de
metáforas
atropelou um cock-tail
de carros sangrentos.
O gato de vidro
ressuscitou limites
de animais atropelados
pela bêbada previdência.
PELAS RUAS
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Leve como o amor
Um poema mágico
Um poema azul.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que acabasse com a
Solidão das pessoas
Um poema solução
Um poema amarelo.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Para ti, não te encontrei
Um poema real
Um poema negro.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que protegesse a flora
E não acabasse com a fauna
Um poema índio
Um poema verde.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que unisse os homens
Um poema livre
Um poema vermelho.
SEM RAZÃO (POEFUSO)
Não
Me
Pergunte
Sobre
O amor
Porque
Eu
Viro
Uma
Cripta.
UM HOMEM VELHO
Você trilhou minha estrada
Atravessou ruas comigo
Deixou que eu escolhesse meus heróis
De repente não estava perto de mim
Havia uma cilada
As balas não eram de hortelã.
Anjos (destinos) guarda estavam de férias.
Queria ver seus cabelos brancos
Ouvir seus conselhos sobre a vida
Você o homem velho que não vi.
A meu pai, Sebastião Flávio Magalhães,
que foi assassinado aos 29 anos em 1972.
SACÓRFAGO
Saudades de um amor mágico
Angústia cigana no meu peito
Vivo o imperfeito trágico
No teu amor pretérito perfeito.
Que pena! O soneto saiu torto
Rima estranha me seduz
Punhal frio atracou no porto
Farol distante, uma luz reluz.
Aquele gosto de sangue na boca
Um grito seco, noturno de emoção
Ardentes certezas, vontade louca.
Pensamentos flutuam, único conforto
Para que viver na tua ilusão
Se eu preferia estar morto.
CORDEL CANCERIANO
(In Memorian de Zilmo Siqueira)
Solidão do quarto acesa
Tristeza em cima da mesa
A Poesia, única medida
Para amenizar a vida...
As contas a pagar
Alguém para amar
Mas a morte veio
Armou emboscada no meio
Deu um sopro no destino
Deixou o repente sem tino
Levando das borboletas as flores
Sugando o néctar das cores...
Dentro de mim
mato deuses, quebro esfinges
dilato o caos concreto
das estrelas incolores.
Dentro de mim
anjos carregam
em suas asas
buquês de espinhos
em busca de infinitos prelúdios.
Dentro de mim
destinos amordaçados
esculpem segredos
cortam angústias
escarlates da paixão.
Dentro de mim
O impossível navega silenciosamente
Em busca de um cais imaginário
Provando no mais profundo abismo
Que eu nada sou.
INSISTÊNCIA
Caiu uma Napalm
no caminho de vidro.
Amargos oceanos
insistem dentro do colete
A circunstância do êxtase
Na faca verde do destino
Insisto na solidão.
Maquio a face-louca
para sobreviver a idéia.
SINAL VERDE
O velho
que cuidava
dos animais.
Morreu de punhos cerrados
Pela previdência.
O gato
atropelado
pelo carro bêbado
ressuscitou um cock-tail
de metáforas sangrentas
nos limites
da Avenida-vidro.
SINAL VERMELHO
O velho
de vidro
cerrou os punhos
do gato bêbado.
O Carro limite
Atropelou as metáforas
Ressuscitou um cock-tail
De animais
Sangrentos da Previdência.
SINAL AMARELO
O Velho de
metáforas
atropelou um cock-tail
de carros sangrentos.
O gato de vidro
ressuscitou limites
de animais atropelados
pela bêbada previdência.
PELAS RUAS
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Leve como o amor
Um poema mágico
Um poema azul.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que acabasse com a
Solidão das pessoas
Um poema solução
Um poema amarelo.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Para ti, não te encontrei
Um poema real
Um poema negro.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que protegesse a flora
E não acabasse com a fauna
Um poema índio
Um poema verde.
Hoje sai pelas ruas
Queria fazer um poema
Que unisse os homens
Um poema livre
Um poema vermelho.
SEM RAZÃO (POEFUSO)
Não
Me
Pergunte
Sobre
O amor
Porque
Eu
Viro
Uma
Cripta.
UM HOMEM VELHO
Você trilhou minha estrada
Atravessou ruas comigo
Deixou que eu escolhesse meus heróis
De repente não estava perto de mim
Havia uma cilada
As balas não eram de hortelã.
Anjos (destinos) guarda estavam de férias.
Queria ver seus cabelos brancos
Ouvir seus conselhos sobre a vida
Você o homem velho que não vi.
A meu pai, Sebastião Flávio Magalhães,
que foi assassinado aos 29 anos em 1972.
SACÓRFAGO
Saudades de um amor mágico
Angústia cigana no meu peito
Vivo o imperfeito trágico
No teu amor pretérito perfeito.
Que pena! O soneto saiu torto
Rima estranha me seduz
Punhal frio atracou no porto
Farol distante, uma luz reluz.
Aquele gosto de sangue na boca
Um grito seco, noturno de emoção
Ardentes certezas, vontade louca.
Pensamentos flutuam, único conforto
Para que viver na tua ilusão
Se eu preferia estar morto.
CORDEL CANCERIANO
(In Memorian de Zilmo Siqueira)
Solidão do quarto acesa
Tristeza em cima da mesa
A Poesia, única medida
Para amenizar a vida...
As contas a pagar
Alguém para amar
Mas a morte veio
Armou emboscada no meio
Deu um sopro no destino
Deixou o repente sem tino
Levando das borboletas as flores
Sugando o néctar das cores...
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